A ontogenia recapitula a filogenia.
A filogenia da ciência não coloca na origem do pensamento matemático, as abstrações. Seria mais as necessidades concretas humanas de lidar com impostos, mercadorias e divisões de tarefas.
A abstração nasce em outro canto, no louvor à ordem do cosmos, na espiritualidade. Pitágoras e os seus viram na matemática a linguagem da espiritualidade, o prazer de descrever os intrincados padrões da natureza, que nossos olhos insistem em perceber.
A matemática estética é arte e espiritualidade.
Mas será necessário despertar as crianças para a espiritualidade, em que sentido for - religioso, ecumênico, estético - para ensinar matemática?

A mãe não é religiosa nem astróloga. Sem recursos dessa natureza, convida o filho a desafiá-la. Quantos amigos no facebook serão necessários para construir o caminho mais curto até o mar?
Precisamos que nasça urgentemente o Paulo Freire da matemática.